Um novo objetivo para a política agrícola brasileira: o pastoreio racional
A política agrícola brasileira é fundamental para impulsionar o desenvolvimento sustentável do setor e garantir a segurança alimentar no país. Recentemente, um projeto de lei foi proposto para incluir o pastoreio racional como objetivo dessa política, reconhecendo a importância dessa técnica de manejo para a produção pecuária. Segundo o Projeto de Lei 5311/23, o pastoreio racional consiste no uso alternado de partes da propriedade para a alimentação do gado, em intervalos de tempo regulares.
A técnica do pastoreio racional e seus benefícios
O pastoreio racional, também conhecido como manejo rotacionado de pastagens, é uma prática que busca otimizar o aproveitamento das áreas de pasto, promovendo um melhor equilíbrio entre a oferta de alimento e a demanda dos animais. Nessa técnica, o rebanho é direcionado para diferentes áreas da propriedade em períodos pré-determinados, permitindo que o pasto se recupere e evitando o superpastejo.
Com a implementação do pastoreio racional, os produtores rurais podem obter uma série de benefícios. Um estudo publicado pela Embrapa aponta que essa prática pode aumentar a produção de carne por hectare, melhorar a qualidade da pastagem, reduzir os custos com suplementação alimentar e, consequentemente, aumentar a lucratividade do negócio. Além disso, o pastoreio racional também contribui para a conservação do solo, a preservação de recursos hídricos e a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Objetivo do Projeto de Lei 5311/23
O Projeto de Lei 5311/23 visa integrar o pastoreio racional como objetivo da política agrícola brasileira, abrindo caminho para incentivos, apoio e orientações técnicas aos produtores rurais que desejam adotar essa prática. Isso demonstra o reconhecimento do potencial do pastoreio racional como uma estratégia eficiente e sustentável para a produção pecuária no país. Com essa inclusão, a política agrícola brasileira estará alinhada com as demandas da sociedade por um manejo mais responsável e ambientalmente consciente.
De acordo com o portal da Câmara dos Deputados, o projeto foi apresentado pelo deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA) e está em análise na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. A proposta busca incentivar a adoção do pastoreio racional, oferecendo capacitação técnica, linhas de financiamento e outros benefícios aos agricultores interessados em implementar essa prática em suas propriedades.
Conclusão
O pastoreio racional surge como uma alternativa eficiente e sustentável para a produção pecuária no Brasil. Ao incluir essa técnica como objetivo da política agrícola, o Projeto de Lei 5311/23 busca incentivar sua adoção e promover benefícios tanto para os agricultores quanto para o meio ambiente. A implementação do pastoreio racional pode contribuir para o aumento da produtividade, a redução de custos e a preservação dos recursos naturais, fortalecendo assim a agricultura brasileira.
Fonte: Câmara dos Deputados